O consumidor contemporâneo está mais atento, mais informado — e mais exigente. A tendência global de wellness, que conecta saúde, bem-estar e escolhas conscientes, vem transformando o comportamento de compra no varejo alimentar. Essa mudança se refl ete de forma direta nas gôndolas refrigeradas, onde cresce exponencialmente a presença de saladas prontas, frutas frescas cortadas e vegetais minimamente processados.
De acordo com a Euromonitor International, o mercado global de alimentos saudáveis já movimenta mais de US$ 1 trilhão, com crescimento consistente ano após ano. No Brasil, a Kantar aponta que 68% dos consumidores preferem alimentos com baixo grau de processamento, enquanto 61% afirmam que saúde e bem-estar são os principais fatores de decisão na hora da compra de refeições prontas.
É dentro desse novo cenário de consumo que o autosserviço se fortalece. O consumidor busca rapidez, praticidade e qualidade nutricional — e o varejo precisa responder com soluções que unam apresentação, frescor e segurança.
O apelo do fresco: o in natura como diferencial competitivo
Frutas cortadas, saladas embaladas, mix de legumes e snacks naturais são exemplos de categorias em expansão nas áreas de autosserviço refrigerado. Mas a comercialização desses produtos impõe um desafi o técnico: como manter aparência, sabor e textura por mais tempo sem o uso de aditivos químicos?
A resposta está em uma cadeia de produção eficiente, no uso correto de embalagens e na aplicação de tecnologias que respeitem o comportamento natural dos alimentos. Produtos frescos exigem conservação inteligente — e é aí que o investimento certo faz diferença.
Embalagem como aliada da saudabilidade
A embalagem passa a ser mais que uma proteção: ela é extensão da proposta de valor do produto. Embalagens com selo transparente, rotulagem clara, tabela nutricional visível e selo personalizado com o logotipo da marca transmitem transparência e segurança ao consumidor.
Estudos indicam que rótulos claros e informativos influenciam positivamente a decisão de compra e fidelização do consumidor.
A tecnologia como suporte — e não como protagonista
Embora o foco esteja no natural e no fresco, tecnologias de apoio como a Atmosfera Controlada (ATC) têm ganhado espaço nos bastidores do autosserviço. Essa solução, aplicada nos setores de FLV,, regula a troca de gases com o ambiente, acompanhando a respiração natural do alimento e prolongando sua vida útil sem adição de conservantes.
Com ATC, as saladas podem durar até 7 dias refrigeradas, mantendo coloração, textura e sabor. O resultado é menos desperdício, maior giro e mais consistência na entrega de qualidade ao cliente final.
O wellness como direcionador estratégico
Investir em alimentos frescos prontos para o consumo é mais do que seguir uma tendência — é atender a uma demanda consolidada. Consumidores wellness não querem abrir mão da conveniência, mas tampouco estão dispostos a aceitar soluções que comprometam sua saúde ou experiência de consumo.